Desenvolvimento Humano



Desenvolvimento Humano

Talvez nossa existência tenha sido planejada por uma família. Talvez não. Mas existe um momento em que nos mexemos no útero materno, um momento em que adquirimos um significado na vida de outros que nos fecundaram. Existe um momento da infância, e muito brevemente descobrimos que estamos adultos na vida. De vários modos descobrimos que nos tornamos “gente grande”, que nossos códigos morais e sociais nos exigem comportamentos distintos.  Mas existe também algo “entre” a infância e a vida adulta. Um espaço de constituição de identidade que costumamos denominar como adolescência. Assim como o processo de envelhecer exige outro anterior: a vida adulta; o processo de morrer depende de nascer, e viver.

Contudo, nenhuma dessas etapas é homogênea nem determinada em número de anos. Trata-se de um processo: o desenvolvimento da vida humana.

Embora esse processo não seja muito simples, pode ser belo e significativo, demarcando simbolismos que uma vez acontecidos nos acompanharão por toda a vida. Essa pode ser uma experiência por vezes árdua; por vezes solitária.

Enfim, nosso desenvolvimento é contínuo, ou seja, acontece durante toda a vida. Alguns autores têm buscado apontar características comuns ou perspectivas gerais para o ciclo de vida de uma pessoa. Alguns se apóiam na linha do tempo, outros nos eventos significativos. Mas de modo geral, estudos recentes nos ajudam a diferenciar crises existenciais graves daquelas que são esperadas no ciclo de vida de um adulto comum. Por exemplo: o desânimo, o cansaço e a tristeza eventual são entendidos como crises comuns do cotidiano. Mas quando estes sinais não são cuidados, observados ou resolvidos, podem tornar-se o início de crises mais complexas, que levam a pessoa a um quadro de esgotamento grave ou mesmo depressão.